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Papo rápido sobre ansiedade antes que você saia do texto

  • Foto do escritor: Rodolfo Olivieri
    Rodolfo Olivieri
  • 5 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

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O mundo está rápido, tudo está rápido. Há pouco tempo as cartas levavam meses para cruzar o oceano em contêineres. Isso aí, meses

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Cartinha pra aproveitar o navio

Mas hoje em dia há algo que demora ainda mais: os milissegundo de espera após os dois fatídicos tracinhos azuis.


Ok, pode deixar que esse texto não vai por este lado, expondo o quão somos privilegiados com tanta informação, tanta que nossos cérebros estão congestionados, e o tanto que nossa paciência está falha, fazendo segundos parecer horas enquanto aguardamos sedentos por novos dados desnecessários.


A ideia é falar sobre ansiedade, que diferente do medo (reação que sentimos frente à perigos reais e presentes), nos faz temer riscos futuros, reais ou não. A maioria de nós treme dos pés à cabeça só de pensar por exemplo em falar para muitas pessoas, na prova de amanhã, ou no próximo encontro. No entanto, vale ressaltar que a ansiedade não é de todo mal. Calma que chegaremos lá.

      

O DSM (Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais) comenta que geralmente há medo ou ansiedade quando sentimos ameaça em relação à coisas, pessoas ou situações que julgamos importantes. A perda (ou separação) de figuras relevantes nos gera sofrimento, e aparecem como sintomas tanto na esfera física quanto na psíquica (dimensões que na verdade sempre andam juntas)


Em casos mais graves, a ansiedade demasiada pode se tornar transtorno (por exemplo transtorno do pânico, agorafobia, TAG (transtorno da ansiedade generalizada), de separação). Isso se dá em quadros em que ela se torna constante, afetando diretamente a vida do sujeito. Quando há crises, e ela se apresenta abruptamente, estamos no âmbito do pânico.


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A ansiedade está longe de ser agradável, mas aparecendo de forma moderada é pode ser saudável, nos poupando de riscos e situações embaraçosas. O problema mora no excesso, na desproporcionalidade, na desadaptação.


Costumo dizer que no mundo há 2 tipos de coisas: as que dependem de nós, e as que não dependem. Ainda que façamos todos os planejamentos, as coisas sempre sairão do nosso controle, e isso se dá pelo fato que somos infinitamente menores que o universo, e 98% de tudo foge completamente do nosso controle e da nossa vontade.


É óbvio que ainda há "aqueles 2%", e nisso entra nosso caráter, nossa coragem para as decisões, nossa forma de ser, pensar e agir, nosso comportamentos, nossa moral

Amadurecer também é aprender a lidar com o incerto, com o incontrolável. Certamente não irei te desencorajar a fazer o seu melhor, mas em partes precisamos ser mais conservadores com as expectativas.


Segundo o psiquiatra Prof, Dr. Paulo Dalgalarrondo, nos transtornos “o sujeito vive angustiado, tenso, irritada, preocupado e ou nervoso”. Pode haver insônia, dificuldade em relaxar e dificuldade em concentrar-se. No corpo isso é sentido com dores musculares, queimação no estômago, tontura, sudorese fria (entre outros). E ai, reconheceu alguns desses sintomas?


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Há alguns caminhos terapêuticos, como a meditação, psicoterapia, relaxamento, alimentação, atividades físicas, e, obviamente, em última alternativas, as medicações.

Antes de mais nada, precisamos compreender que o mundo não vai parar de correr, e eventualmente teremos a sensação que a vida anda a milhões de quilômetros por hora, e nos escapa pelos vãos dos dedos. As demandas são muitas, o tempo curto, mas ainda podemos nos cuidar, podemos deixar de adoecer....

 
 
 

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